quarta-feira, 18 de abril de 2012

São Luís, Maranhão, Brasil, 18-04-2012

Qualquer viajante sabe que se não gosta de um lugar não é o lugar que está errado; é ele. Há excepções a esta regra, claro, mas são poucas. Os lugares são o que são: estão ali para ser conhecidos, investigados, andados, observados, cheirados. Pensava nisto hoje quando andava pelo centro de São Luís. Fui a uma livraria procurar um livro que um amigo me pediu. Estava sol, pela primeira vez em muito tempo; e calor, mas não abafado.

Também pela primeira vez em muito tempo olhei para as ruas com curiosidade, com prazer e simpatia, como se tivesse acabado de chegar - porque estou quase a ir-me embora, há uma simetria inesperada entre as chegadas e as partidas. Almocei num restaurante diferente dos que vejo habitualmente, comprei uma manga - a primeira manga boa que compro aqui - vi o movimento e a alegria das ruas.

B. está quase a acabar; aos poucos o espírito abre-se-me, torno-me receptivo ao que me rodeia, vejo para fora em vez de ver para dentro. São Luís está mais leve porque eu estou mais leve.

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