A lua cheia foi ontem, o maior coeficiente de maré vai ser amanhã. Tudo em ordem, desse lado. Muita gente pensa que a lua é imprevisível: não é. Muda muito depressa e raramente tem um bom horizonte; é por isso que ninguém gostava de a observar, no tempo da navegação com sextante.
Não foi a lua que me fez mudar de bar, ontem e hoje. No Porto Salgado come-se pior do que no Aventur, a caipirinha é péssima, a música está sempre muito alta (e é quase* sempre brasileira). Mas tem um bom ambiente, é bonito e de vez em quando não há mal em mudar. Sinto-me bem aqui, é estimulante (e bebo e como menos, o que não é despiciendo. Ou então bebo cerveja, seguindo o conselho do meu médico).
O trabalho prossegue, as complicações idem e vão-se resolvendo, uma a uma. Amanhã carregamos o camião que vai levar o equipamento todo para S. Luis. É um patamar simbólico importante: B. começa a ir-se embora. Aos poucos, por partes, mas vai.
Tenho a minha equipa formada: Edgar aos braços, Luis Carlos na fibra, Everaldo na mota, Joca no apoio logístico e bebidas de fim do dia, Teófilo nas da noite (apetecia-me acrescentar Clarisse e Socorro nos lençóis, mas algo me diz que seria mal interpretado; são as senhoras da pousada, e mudam os lençóis - nas noites de lua cheia, mais ou menos. Hoje até tive direito a uma toalha, seja Deus louvado. E cada vez as suporto menos, ambas as duas, mas isso é outra história). Italiano junta-se a nós na segunda-feira. A isto chama-se uma equipe vencedora, como nas mercearias e nos clubes de futebol.
É preciso passar um mês em Parnaíba para perceber porque gosto tanto do futuro passado. E ir a Antigua para ver porque o futuro simples é o meu tempo verbal favorito.
Ao fim de dois minutos ininterruptos a música brasileira torna-se um bocadinho chata (pelo menos a recente). Como a vida sem ti, de resto.
* Quase é um eufemismo patético. Ou
* Quase é uma palavra que engana muito.
Não foi a lua que me fez mudar de bar, ontem e hoje. No Porto Salgado come-se pior do que no Aventur, a caipirinha é péssima, a música está sempre muito alta (e é quase* sempre brasileira). Mas tem um bom ambiente, é bonito e de vez em quando não há mal em mudar. Sinto-me bem aqui, é estimulante (e bebo e como menos, o que não é despiciendo. Ou então bebo cerveja, seguindo o conselho do meu médico).
O trabalho prossegue, as complicações idem e vão-se resolvendo, uma a uma. Amanhã carregamos o camião que vai levar o equipamento todo para S. Luis. É um patamar simbólico importante: B. começa a ir-se embora. Aos poucos, por partes, mas vai.
Tenho a minha equipa formada: Edgar aos braços, Luis Carlos na fibra, Everaldo na mota, Joca no apoio logístico e bebidas de fim do dia, Teófilo nas da noite (apetecia-me acrescentar Clarisse e Socorro nos lençóis, mas algo me diz que seria mal interpretado; são as senhoras da pousada, e mudam os lençóis - nas noites de lua cheia, mais ou menos. Hoje até tive direito a uma toalha, seja Deus louvado. E cada vez as suporto menos, ambas as duas, mas isso é outra história). Italiano junta-se a nós na segunda-feira. A isto chama-se uma equipe vencedora, como nas mercearias e nos clubes de futebol.
É preciso passar um mês em Parnaíba para perceber porque gosto tanto do futuro passado. E ir a Antigua para ver porque o futuro simples é o meu tempo verbal favorito.
Ao fim de dois minutos ininterruptos a música brasileira torna-se um bocadinho chata (pelo menos a recente). Como a vida sem ti, de resto.
* Quase é um eufemismo patético. Ou
* Quase é uma palavra que engana muito.
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