quinta-feira, 14 de março de 2013

Falmouth Harbour, Antigua e Barbuda, 14-03-13

Daqui a precisamente uma semana (se não houver atrasos, claro) estarei a embarcar no avião que me levará para San Francisco. Estou tenso, impaciente, nervoso; sinto-me como aquelas plantas submarinas que estão presas a uma rocha e se agitam com a corrente, como se pedissem ao deus delas que as libertasse, as deixasse ir.

Uma semana é um marco importante. A partir de agora faltam dias; a unidade inferior será a hora. Nunca pensei que quereria tanto deixar Antígua; (e não quero, preferiria de longe ter encontrado aqui um emprego que me permitisse parar um bocadinho). Mas não encontrei; resta-me esperar não ter perdido com a troca.

Antígua não é um país no qual se possa passar muito tempo sem fazer nada. Para além de procurar day work - uma coisa que me leva cerca de uma hora todas as manhãs (enfim, as manhãs em que o procuro) - não faço mais nada. Vou à praia, de que não sou grande fâ; às cinco da tarde bebo o meu primeiro rum punch no Mad Mongoose (hoje foi uma excepção, mas tinha um pedido de uma amiga, daquelas a quem não se pode dizer não). Ando uma hora por dia. Leio muito, muito.

Nada.

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Ontem houve uma festa na praia. Em Antígua há festas todos os dias - dock parties, beach parties, theme parties, WTF parties. Não sou muito de parties, mas o de ontem foi agradável. Pelo menos o pouco tempo que lá passei: o pôr-do-sol estava lindo, o grupo de pessoas pequeno e simpático, a música ao vivo conhecida e um pouco repetida, mas como sempre bem executada pelos Fruto de la Manga.

Mas vim-me embora cedo. Ando com pouca paciência para festas, para a alegria e conversa de circunstância.

Daqui a uma semana ressuscito.

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