quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Marina Cay, BVI, Reino Unido, 03-01-2012

G., o insubstituível tripulante suíço caíu em desgraça. Goza demasiado a viagem.   Um tripulante pode gostar do que faz - e eu não tenho a certeza de que ele goste por aí além - mas não pode gozar. Dormir ao sol com os auscultadores nos ouvidos não se faz, por exemplo.

Tenho pena, por um lado; o rapaz é simpático e eficaz. E acho injusto, por outro: a verdade é que sem ele a viagem até St. Thomas teria sido muito mais complicada. Vi o filme todo em antestreia, mas não intervim. Não só não fui eu que o contratei como propus uma pessoa impecável para estes dias. Não quiseram, o problema é deles.

E dele, que vai ser desembarcado amanhã sem saber como nem porquê. Um dia perceberá, é inteligente e tem tempo.

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Marina Cay é uma ilhota minúscula à beira de Tortola onde há muitos anos viveram um senhor chamado Robert White e a sua mulher. Três anos, ao que parece, até ele ser chamado para a tropa (decorria a Segunda Guerra Mundial) e nunca mais cá voltaram.

Hoje tem um hotel, um Pusser's e nada que a distinga de centenas de outras ilhas, grandes ou pequenas, das BVI, apesar dos esforços - bem sucedidos, a julgar pela quantidade de clientes - do departamento de marketing da empresa.

É nas BVI que vou ficar baseado esta época. Não é muito longe de Antigua, mas os bilhetes, via LIAT Airlines, são caríssimos. Malditos monopólios, malditas empresas estatais, maldita distância.

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Navegar aqui faz-me lembrar os passeios no lago Léman. Não é provocação: não consigo deixar de pensar no lago, quando olho para estas montanhas que nos rodeiam como se lá estivéssemos, estas "navegações" de hora e meia... enfim, tudo o resto é diferente, reconheço. Incluindo a gigantesca barata que acaba de percorrer o topo do monitor do meu computador, com uma desfaçatez inaceitavel - que ficou por punir, infelizmente beneficiou do meu espanto e conseguiu escapar-se ilesa.

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