terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Falmouth Harbour, Antigua, 29-01-2013

Arranjei um trabalho e uma casa. Enfim, quase uma casa: é um barco que está parado na baía  à espera de ser vendido; enquanto não for, fico lá a viver. É um Farr 65, tem espaço. Pena é estar parado, mas enfim.


O trabalho é uma troca que fiz com a empresa que me vai fazer a formação: vai servir para a pagar. Desta vez não demorou muito tempo encontrar um emprego. Era bom que tudo se resolvese tão facilmente; não vai acontecer, claro: esvaziar esta piscina vai levar o seu tempo, e enchê-la de novo ainda mais. Tenho sorte: sei nadar. Já por aqui nadei, muitas vezes. Demasiadas, mesmo.

Estava convencido de que não haveria mais. Enganei-me, como de costume.

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A Pineapple House, onde dormi estas duas noites, é uma casa linda com uma vista sublime para a baía. Durmo na varanda, num dormitório pouco habitual: só tem três camas, grandes, separadas umas das outras por mesas e cadeiras que fazem uns "recantos de estar" bastante agradáveis e estão protegidas por redes mosquiteiras. O efeito é engraçado, por causa do bom gosto da decoração e da vista (que desta vez inclui o MALTESE FALCON); e um bocadinho estragado pelo preço, demasiado elevado para o que no fundo não passa de um  hostel. L., a dona é oito dias mais nova do que eu e bebe quase tanto - não surpreenderá quem souber que o cão da casa se chama Rumdog. Ontem demos um encontrão valente na garrafa de rum e prometemo-nos amizade eterna.

Depois fui dançar para o ex-Lime and Coconut, agora Lime Lounge. A mudança de nome é pequena, mas enganadora: aquilo estava cheio a abarrotar, nunca tinha visto tanta gente e tanta animação naquele sítio.

De maneira dancei e bebi e dancei e bebi e a piscina lá se esvaziou mais um bocadinho. Amanhã com o trabalho esvaziar-se-á mais e mais depressa. E depois encher-se-á, como tem vindo a fazer ao longo destes anos todos. Uma vez será a última.

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Hoje é a vez do Blues Shack, ex-qualquer coisa onde se comia, já por aqui o disse, o melhor caril de uma grande parte das Caraíbas. Agora é a qualidade da música que me fascina. A certa altura pensei que estava a ouvir um CD. O puto (chama-se Colin) é fabuloso.

Devemos, sempre que possível, embebedarmo-nos ouvindo boa música. Torna as coisas mais fáceis, de certa forma.

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