sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Palma de Maiorca, Baleares, Espanha, 19-10-2012

Até que finalmente comecei a ouvir (enfim, a ler) nãos. Fiquei contente: um não é um sim que se enganou na porta; e muitos nãos fazem sim. Mas não há quantidade de nadas que dê qualquer coisa.

A vida em Palma-a-afável continua: procurar um embarque, passear (às vezes confundem-se; outras não), procurar um embarque, ler. Desta vez o dinheiro acabou-se antes de o trabalho chegar, mas como é só uma breve interrupção vamos aguentando com esses grandes pilares de uma alimentação económica que são massas, ovos e pão. Em breve voltaremos às tascas, aos pintxos, cañas, tapas, cava e vinho tinto. É como no mar: de vez em quando temos de rizar pano, pôr de capa e aguentar.

Depois desfazem-se os rizos, iça-se o pano todo e fala-se sobre o que aí vem, não sobre o que passou. E o que aí vem é bom: descobri que já não quero voltar para as Caraíbas. Quero ir para Antigua, é diferente.

Quero ir passear a English Harbour, beber copos no Mad Moongose, acordar no Reef Gardens






jantar no Rum Baba e (quando o rei faz anos ou as gorjetas forem boas) no Sun Ra. Aos domingos quero ir ouvir-te cantar a Pigeon Beach



comer uma pizza ao Road Runners


brincar com o Lager, um cão que assim de repente é parecidíssimo com um gato


e sobretudo beber uma quantidade infinita de rum no Skullduggery


a olhar para



Isto das raízes é uma treta. Podem plantar-se onde quisermos.

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