Fui a um restaurante sugerido pela mais portuense das minhas amigas, e amigos. Chama-se O Buraco e fica na rua do Bolhao (estou sem tis, por uns dias). Todos os restaurantes deviam ser assim. O senhor Manuel, que suponho seja o dono, cumprimenta todos os clientes que entram pelo nome ou pelo título. Pergunto-lhe "o que vou comer" e ele diz-me que tem uma feijoada muito boa. É um understatement, modéstia tao louvável como excessiva. Para beber o empregado pergunta-me se quero beber um verde tinto "feito pela casa". O vinho é excelente, picante, complemento ideal da feijoada.
É proibido vendê-lo. Mesmo admitindo que a ASAE mais nao faz do que aplicar a legislaçao, por que nao se a altera no sentido de permitir a venda do fruto do trabalho e dedicaçao das pessoas? Podia por exemplo tornar-se obrigatório a informaçao de que o produto é caseiro; quem quer come quem nao quer compra outro.
Foi uma passagem muito curta, demasiado curta. É bom saber que ha uma linha aérea directa e barata para lá.
Palma
O Antiquari é uma mistura de Café Tati, Café Buenos Aires, Marchand de Sable e mais meia dúzia doutros cafés cujo nome agora me escapa, mas sao bons, bonitos, conviviais, com boa música e melhor ambiente.
É aqui que espero N. pois nao levei as chaves de casa para a viagem. Ainda esta calor em Palma, a cidade está na rua, bonita e sorridente. E eu nela, como se aqui tivesse nascido.
........
Agora temos um músico residente nas escadinhas à frente do Antiquari. É lamentável, coitado, o senhor. Toca mal e canta pior, com uma voz fanhosa, cançoes de Bob Dylan, Beatles, Neil Young ou Eric Clapton. É tanto pior quanto partilho a casa com dois músicos, um dos quais, pelo menos, excelente; e tenho uma namorada que canta melhor (e mais raramente, infelizmente) do que escreve.
Só dou dinheiro a músicos de rua que tenham um mínimo de qualidade - por isso apoio a política do metro de Paris de seleccionar quem nele toca - e agora encontro uma razao suplementar: solidariedade com os moradores das redondezas.
É proibido vendê-lo. Mesmo admitindo que a ASAE mais nao faz do que aplicar a legislaçao, por que nao se a altera no sentido de permitir a venda do fruto do trabalho e dedicaçao das pessoas? Podia por exemplo tornar-se obrigatório a informaçao de que o produto é caseiro; quem quer come quem nao quer compra outro.
Foi uma passagem muito curta, demasiado curta. É bom saber que ha uma linha aérea directa e barata para lá.
Palma
O Antiquari é uma mistura de Café Tati, Café Buenos Aires, Marchand de Sable e mais meia dúzia doutros cafés cujo nome agora me escapa, mas sao bons, bonitos, conviviais, com boa música e melhor ambiente.
É aqui que espero N. pois nao levei as chaves de casa para a viagem. Ainda esta calor em Palma, a cidade está na rua, bonita e sorridente. E eu nela, como se aqui tivesse nascido.
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Agora temos um músico residente nas escadinhas à frente do Antiquari. É lamentável, coitado, o senhor. Toca mal e canta pior, com uma voz fanhosa, cançoes de Bob Dylan, Beatles, Neil Young ou Eric Clapton. É tanto pior quanto partilho a casa com dois músicos, um dos quais, pelo menos, excelente; e tenho uma namorada que canta melhor (e mais raramente, infelizmente) do que escreve.
Só dou dinheiro a músicos de rua que tenham um mínimo de qualidade - por isso apoio a política do metro de Paris de seleccionar quem nele toca - e agora encontro uma razao suplementar: solidariedade com os moradores das redondezas.
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