A viagem acabou, finalmente. O S. está limpo e entregue. Mais de três semanas para fazer 800 milhas é um recorde. Espero não ser forçado a ultrapassá-lo em breve.
A viagem foi o habitual no verão mediterrânico: 80% de motor, 20% de navegação estupenda. Tivemos sorte com os dois últimos barcos, ambos bastante bons; a ver o que nos vai sair na próxima rifa.
A chegada foi festejada com um magnífico jantar na Bodega d'es Port, em Alcudia, no norte da ilha. Óptima comida típica maiorquina, preços acessíveis, serviço de um profissionalismo e simpatia inexcedíveis: do aspecto gastronómico da viagem tão pouco nos podemos queixar. Começámos em Londres com um jantar etíope, deliciámo-nos com tapas em Barbate, comemos pessimamente em Aguadulce, não-tivemos dinheiro em Denia... uma paleta variada.
Em Palma vivemos no centro da cidade, num bairro que é mais ou menos o equivalente do Príncipe Real em Lisboa, perto de tudo mas longe da confusão. Faz-me pensar em Zurique, onde vivia no Niederdorf; e penso na quantidade de lugares maravilhosos que tenho habitado ultimamente: o Reef Gardens em Antigua, a "casa do vento" no Marin, o Portal da Amazónia em São Luís. Quem não tem casa tem casas, quem não tem país tem o mundo, passe a derrapagem.
Escrevo numa esplanada de uma rambla de Palma, à sombra de duas fiadas de plátanos muito altos; as copas unem-se para formar um túnel verde e, onde chega o sol, amarelo. O passeio central é ocupado por quiosques de floristas cujo cheiro me chega por vagas, como se quisessem que não me habituasse a ele. Ainda é cedo para uma manhã de sábado espanhol, e a rua tem pouca gente. Está calor, as mulheres são bonitas, o barulho do trafego suportável, o empregado do café simpático, o sítio lindo; há decerto melhores maneiras de começar um dia, mas esta satisfaz-me plenamente.
A viagem foi o habitual no verão mediterrânico: 80% de motor, 20% de navegação estupenda. Tivemos sorte com os dois últimos barcos, ambos bastante bons; a ver o que nos vai sair na próxima rifa.
A chegada foi festejada com um magnífico jantar na Bodega d'es Port, em Alcudia, no norte da ilha. Óptima comida típica maiorquina, preços acessíveis, serviço de um profissionalismo e simpatia inexcedíveis: do aspecto gastronómico da viagem tão pouco nos podemos queixar. Começámos em Londres com um jantar etíope, deliciámo-nos com tapas em Barbate, comemos pessimamente em Aguadulce, não-tivemos dinheiro em Denia... uma paleta variada.
Em Palma vivemos no centro da cidade, num bairro que é mais ou menos o equivalente do Príncipe Real em Lisboa, perto de tudo mas longe da confusão. Faz-me pensar em Zurique, onde vivia no Niederdorf; e penso na quantidade de lugares maravilhosos que tenho habitado ultimamente: o Reef Gardens em Antigua, a "casa do vento" no Marin, o Portal da Amazónia em São Luís. Quem não tem casa tem casas, quem não tem país tem o mundo, passe a derrapagem.
Escrevo numa esplanada de uma rambla de Palma, à sombra de duas fiadas de plátanos muito altos; as copas unem-se para formar um túnel verde e, onde chega o sol, amarelo. O passeio central é ocupado por quiosques de floristas cujo cheiro me chega por vagas, como se quisessem que não me habituasse a ele. Ainda é cedo para uma manhã de sábado espanhol, e a rua tem pouca gente. Está calor, as mulheres são bonitas, o barulho do trafego suportável, o empregado do café simpático, o sítio lindo; há decerto melhores maneiras de começar um dia, mas esta satisfaz-me plenamente.
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