Esta cidade é podre de boa. É uma versão sexy do Porto.
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Um [Bavaria] 50 entra, seguido por um arrastão. Ambos se cruzam com uma pequena lancha que sai para a pesca, proavelmente, ou para um copo na baía. No cais do granel um graneleiro de 40,000 toneladas descarrega, ou carrega, não presto atenção suficiente para discernir; ao fundo uma coisa indescritível, parece um cruzamento entre uma draga e um navio do short haul do norte da Europa; do outro lado um petroleiro de talvez 20 ou 30 mil toneladas. Tudo isto rodeado pela cidade, prédios que num arremedo de atopia me fazem pensar numa S. Francisco dos pequeninos.
Talvez as autoridades da APL pudessem dar aqui um salto para ver como se consegue integrar um porto numa cidade sem terminais de contentores. Ou, melhor ainda, a população de Lisboa, para contestar decisões absurdas com conhecimento de alternativas possíveis.
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Gostar do que se faz - ou fazer o que se gosta, a ordem dos factores é arbitrária - é remédio santo. Cura tudo, desde unhas encravadas às mais perniciosas e profundas dores de cabeça.
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