quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Palma de Maiorca, Baleares, Espanha, 14-11-2012

A greve em Palma sentiu-se pouco: dois senhores a apitar numa esquina, acompanhados por uma senhora sem apito, e um "piquete ciclista" a percorrer as ruas; tudo funcionava, incluindo os semáforos. Pelo menos o tudo que usamos: lojas, o bar Gibson - actualmente o nosso escritório -, o mercado onde comprámos sobrasada para logo à noite e o supermercado de onde gentilmente,  a um preço bastante competitivo, vieram as duas garrafas de cava (os semáforos eram uma piada; só os usamos para atravessar a rua. Fazem-me lembrar aquela parte dos funcionários públicos - longe de mim pensar que é a maioria - que não dá um passo nem os deixa dar a quem quer andar).

De resto cá vamos andando, de quase em quase: quase um trabalho na Tailândia para a Tatiana, quase um transporte de Inglaterra para a Grécia, quase quase quase. Quantos quase são precisos para fazer um sim? Acho que já excedemos tudo o que é razoável, o tipo (ou a senhora) que controla a matemática da vida devia prestar-nos um bocadinho mais de atenção.

A verdade é que já não estamos em Palma; as nossas mentes estão longe, em Antigua, em St. Martin, na Martinique, nos Deux Pitons, nas Grenadines, em Grenada, tão verde e tao bonita; em Bequia, no Captain Mack's Bar and Galley ou no bar do Lucífer, que me perguntava quanto tinha pago a última vez pelas lagostas para saber qual o preço hoje (e, abençoado seja, quando lhe pedíamos um rum nos punha uma garrafa cheia na mesa e cobrava o que faltava - às vezes faltava a garrafa toda, vá lá saber-se porquê).

E não são os edifícios de Gaudi contíguos ao bar que me trazem de volta. 

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