quarta-feira, 15 de maio de 2013

Quepos, Costa Rica, 15-05-2013

Chegámos a Quepos ontem. Parece uma vida. Uma vida que começa com uma vida não pode ser má. E uma vida que começa com a casa que encontrei hoje ainda menos.

Está num terreno de quinze mil metros quadrados, a três quilómetros e meios de Quepos, no meio dos montes e a caminho do Parque Nacional Manuel António, a grande atracção da Costa Rica. É grande, desnivelada, tem dois quartos, espaço para os meus livros e discos, aberta (no sentido de não ter paredes) e eu ainda não acredito que é ali que vou viver.

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Quepos é uma cor: verde. E uma forma: labaredas. Grandes chamas de verde, um incêndio verde, verde em todo o lado, até nas ruas, verde no ar, verde, verde, verde como se o mundo fosse uma violenta conflagração de clorofila.

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A viagem foi uma das melhores da minha vida. Nunca vi tanta fauna: golfinhos e tartarugas todos os dias, várias vezes ao dia; e raias, mantas, focas, leões marinhos ( na Isla de Guadeloupe, um dos sítios mágicos da minha vida).

Muito mais do que a fauna: tive a sorte de navegar com dois dos melhores tripulantes que jamais conheci. E. e R. foram, são, a prova de que se nasce marinheiro, apesar de muitas vezes não o sabermos.

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Os dias (os dias... dois, até agora) são passados a preparar o ARCTIC FRONT para os primeiros clientes, no sábado; a procurar fornecedores para tudo aquilo de que ainda precisa, que é muito. A encontrar uma casa e a pensar que a felicidade ora parece um gigantesco incêndio, ora parece uma vaga que submerge tudo à passagem. Quase tudo.

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