domingo, 6 de janeiro de 2013

Soper's Hole, Tortola, BVI, Reino Unido, 05-01-2013

É um daqueles dias em que preciso desesperadamente de net; para me lembrar que não devemos nunca precisar desesperadamente seja do que for - vento, amor, net, seja o que for. Vento há muito, por aqui; e amor tenho. Mas net não. E depende tanto de mim como este ou aquele: nada. Vou dormir. Daqui a três dias faz um mês que trabalho ininterruptamente, muitas vezes mais de doze horas por dia.

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Pela primeira vez em muito tempo estou completamente sozinho. Os armadores foram jantar a terra, convidados por um casal amigo a um restaurante luxuoso, pelo menos a julgar pelas fotografias que C. me mostrou. E. está-se nas tintas. Descendente de russos que vieram para os EUA no princípio do século XX, self made man, riquíssimo, ainda se lembra do que é ser pobre. É uma das coisas de que gosto nele.

Mas é forçoso reconhecer que um tipo incapaz de usar a expressão "o meu chefe", a quem dizer "o meu patrão" provoca um irrepressível e incompreensível incómodo não é feito para ser skipper de proprietário, por adorável que este seja.

O charter tem várias vantagens: os clientes só ficam uma semana, não têm hábitos e não conhecem o barco. Posso fazer as coisas como gosto, pela ordem que me parece melhor, quando acho que é preciso fazê-las.

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A Marina de Soper's Hole parece-se furiosamente com a de Marigot Bay, em St. Lucia. Em maior: Soper's Hole é muito maior do que Marigot. Mas a sensação de estar num buraco é igualzinha.

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